O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, realizou uma reunião com Daniel Vorcaro, presidente do Banco Master, e o CEO, Augusto Ferreira Lima, no último sábado (19).
O encontro, que ocorreu na sede do BC em Brasília, teve como objetivo acelerar a análise da operação de compra de uma fatia do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB).
A transação, avaliada em cerca de R$ 2 bilhões, tem gerado repercussão no mercado financeiro. O BRB, uma instituição financeira estatal vinculada ao governo do Distrito Federal, é de médio porte e teve um crescimento exponencial nos últimos anos, mas em geral visto com ressalvas.
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O processo de aquisição tem sido complexo, com revisões da fatia que o BRB pretende adquirir devido ao risco dos ativos em negociação.
Recentemente, a Folha de S.Paulo noticiou que a fatia a ser adquirida deve passar por uma nova redução. Na documentação enviada ao Banco Central, o BRB já tinha diminuído ativos da compra, de R$ 23 bilhões para R$ 33 bilhões.
Uma das razões para as consecutivas revisões de perímetro são problemas de documentação que foram encontrados em vários ativos e passivos do banco de Vorcaro. Ativos cuja documentação não seja satisfatória deverão ser retirados.
BC analisa documentação do Banco Master
A reunião contou também com a participação de Ailton De Aquino Santos, diretor de Fiscalização do Banco Central, e Gilneu Francisco Astolfi, diretor de Regulação.
Os membros do Banco Central buscam sanar dúvidas sobre a documentação recente entregue pelo Banco Master ao BC. Novas reuniões estão previstas para a próxima semana, na segunda (21) e terça-feira (22), para concluir a análise.
Em audiência pública no Senado Federal, em abril, Galípolo explicou que a análise do BC sobre fusões e aquisições entre instituições envolve uma avaliação de viabilidade econômica, não questões de conveniência sobre compra ou venda.
Em 17 de junho, a Superintendência-Geral do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou a compra da fatia do Banco Master pelo BRB, sem restrições ou remédios.
Agora falta apenas o parecer do Banco Central.
BRB na mira da CVM
O momento é considerado inoportuno para o BRB. A diretoria e membros do conselho de administração do banco estatal estão sendo processados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A comissão não abriu detalhes sobre o processo, que é do tipo sancionador. Isso significa que já há acusações formuladas contra os investigados.
Em comunicado ao mercado, o BRB afirma que o processo se refere a um atraso de sete dias na divulgação de demonstrações financeiras de 2024 e na convocação de assembleias.
O banco defende que não tem relação direta com a compra do Banco Master, embora a situação adicione um elemento ao cenário da transação.
A expectativa do BRB e do Banco Master é que, após a conclusão da análise dos documentos e aprovação do Banco Central — que tem um prazo de 360 dias para decidir —, a compra possa ser finalizada.
*Com informações do Estadão Conteúdo e Folha de S.Paulo.
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